Vou começar este texto pelo plágio de algo que me chegou via internet mas que não consegui descobrir quem o escreveu, o que é um facto é que é uma das melhores traduções do que se passa em muitas empresas em que a cultura empresarial ainda não está virada para as pessoas. Este texto delicioso chama-se “Toda a gente, Alguém, Qualquer Um e Ninguém” e começa assim: ERA UMA VEZ… 4 Colaboradores chamados: Toda a Gente, Alguém, Qualquer Um e Ninguém. Havia um trabalho importante para fazer e Toda a Gente tinha a certeza que Alguém o faria, Qualquer Um podia fazê-lo, mas Ninguém o fez. Alguém se zangou porque era um trabalho para Toda a Gente. Toda a Gente pensou que Qualquer Um podia tê-lo feito, mas Ninguém constatou que Toda a Gente não o faria. No fim, Toda a Gente culpou Alguém, quando Ninguém fez o que Qualquer Um poderia ter feito.
Foi assim que apareceu o Deixa-Andar, um 5º colaborador para evitar todos estes problemas. Claro que nem todos temos ou gerimos empresas que já estão neste estado avançado do deixa andar, contudo se olharmos bem, em certos momentos das nossas vidas, todos nós encaixamos nesta descrição, ou porque não estamos devidamente enquadrados com as várias situações com que somos deparados, ou porque é inato no ser humano, descartarmo-nos facilmente do que não nos é próximo ou agradável de fazer.
Com este texto, acho que realmente devemos olhar para o problema das empresas como um problema cultural, um problema em que a importância da cultura empresarial é fundamental para ultrapassar estas ineficiências relatadas. Os valores que transmitidos diariamente, o próprio estilo de chefia/comunicação que utilizamos são fundamentais para não termos nas empresas uma quantidade de colaboradores do partido deixa andar. Se posso indicar o caminho, não serei eu a pessoa mais indicada, contudo atrevo-me a partilhar algo que acho fundamental e que pode ajudar a pelo menos combater a indiferença.
Temos que saber comunicar de uma forma clara e objetiva o que esperamos das pessoas, quais os nossos valores e como gostaríamos que todos se comportassem. Temos que de uma forma Clara, demonstrar através dos nossos comportamentos aquilo que esperamos das pessoas, temos que ser um exemplo e em simultâneo ser reconhecidos como tal. Por fim diria que temos que saber partilhar; partilhar saber, partilhar estado e sobretudo de uma forma transparente partilhar o que ganhamos e não ganhamos, sermos solidários na proporção correta.
Estou convicto de que este texto serve-nos a todos, com mais ou menos intensidade, o que gostava é que através dele conseguisse-mos realizar uma melhor análise da nossa realidade empresarial e que de uma forma construtiva tirássemos o que de melhor podemos tirar das pessoas, afinal são as pessoas que fazem a diferença e sobre tudo somos nós que fazemos acontecer as coisas boas e más. Partilhar, discutir e saber ouvir são coisas fantásticas que nos ajudam a melhorar a nossa vida nas empresas e mesmo pessoal.
Que este último trimestre de 2018 nos alegre a todos.