“O impossível fazemos todos os dias e os milagres às vezes demoram um pouco mais, mas também acontecem”. É com esta frase que Nuno Almeida e Rafael Giovanella descrevem a forma de trabalhar da Imacx, a empresa que acaba de adquirir uma Inca Onset X1 da Fujfilm, em plena pandemia!
A Imacx nasceu em 1998 para responder a todos os clientes
que precisavam de um fornecedor de impressão que, à urgência na produção
necessitavam também de qualidade, serviço e prazo de entrega.
Nuno Almeida e Rafael Giovanella são sócios da Imacx,
empresa que se dedica sobretudo à impressão de grandes formatos para a área do
retalho, com foco no ponto de venda.
A IMACX ESTÁ A COMPLETAR 22 ANOS DE CATIVIDADE. COMO SURGIU ESTA EMPRESA
NO MERCADO?
Nuno
Almeida – A Imacx surgiu porque dentro da minha atividade
profissional e de uma anterior sócia, notámos que o mercado tinha muita
resistência em responder a trabalhos de urgência. Quando surgiam projetos
urgentes, a resposta era invariavelmente, “vai ser difícil”, vai ser
complicado”. Assim, iniciámos esta catividade, aceitando esses desafios, dando
resposta pronta, batendo recordes que passam pela qualidade e entrega de trabalhos
no prazo acordado.
Decidimos que a flexibilidade seria a fórmula a adotar, que
a empresa nasceria com uma filosofia diferente das restantes que estavam no
mercado e que, teríamos uma atitude positiva face às solicitações e
necessidades dos nossos clientes.
O Rafael Giovanella entrou há doze anos nesta empresa e
juntos temos estado cá para os desafios do dia a dia. É claro que isto tem sido
muito valorizado pelos clientes, que, perante as dificuldades, prazos
apertados e flexibilidade em trabalhos diferentes e projetos especiais, reconhecem
o nosso empenho e dedicação.
A RELAÇÃO COM OS CLIENTES E O
ENTENDIMENTO SOBRE O QUE OS QUE ESTES PRETENDEM, FOI IMPORTANTE PARA DAR
INÍCIO À CATIVIDADE DA IMACX?
Nuno Almeida: Já estive do lado do cliente, como comprador de impressão e não como fornecedor de serviços de impressão e, isso permitiu-me perceber melhor o que os nossos clientes precisam.
Os clientes que têm os maiores desafios são aqueles que
apostam no grande consumo e ponto de venda e, são também os que têm um
trabalho muito regular e com prazos apertados, com campanhas que vão surgindo
por parte de multinacionais de grande consumo e, cadeias de supermercados.
Compreendemos aquilo que o cliente quer, sabemos bem como funciona o processo, sabemos que, por exemplo, quando abre uma vaga para uma campanha num supermercado para a semana seguinte, tudo tem de ser rápido.
“O impossível fazemos todos os dias e os milagres às vezes demoram um pouco mais, mas também acontecem”.
O “PASSA PALAVRA” CONTINUA A SER A VOSSA MELHOR DIVULGAÇÃO?
Nuno Almeida: Sim, o “passa palavra” tem sido o nosso principal cartão de visita. Quando surgimos no mercado, aparecemos um pouco como outsiders, mas foi a nossa palavra, o compromisso que assumimos com os clientes e o facto de não falharmos que levou a que os próprios clientes nos promovam junto de outros.
Na área do marketing há muita rotatividade de
profissionais e estes que acabam por falar de nós a outras marcas, como um
fornecedor que lhes permite dormir descansado.
Rafael Giovanella: Claro que o preço é sempre essencial. Os preços baixaram muito nos últimos anos e começaram a ser esmagados com a entrada de centrais de compra, mas a nossa flexibilidade é um fator importante. Temos bons clientes que não olham só para o preço, mas analisam todas as variáveis como o prazo de entrega, a qualidade e o serviço e aí, somos muito competitivos.
Nuno Almeida: Lá está a questão da flexibilidade. Se o mercado começa a pedir mais preço, aí entra a nossa flexibilidade. Não vamos fazer um pior trabalho, mas sim procurar soluções que respondam a um preço mais baixo, de acordo com o que o cliente pede, mantendo a qualidade.
A IMACX TEM SABIDO ESCOLHER A TECNOLOGIA ACERTADA EM CADA
ÉPOCA?
Rafael Giovanella: A tecnologia nunca pode ser escolhida em função do preço porque se o mercado mudar e passar a exigir qualidade, e se nós tivermos equipamentos que não oferecem qualidade, passaremos a ter problemas. A nossa principal preocupação em termos de tecnologia é a qualidade e a velocidade dos equipamentos, a par com a fiabilidade.
Nuno Almeida: Não trabalhamos com marcas desconhecidas que apresentam preços excecionais porque sabemos que isso é difícil de gerir. São os players do mercado que têm mais capacidade de investigação e desenvolvimento tecnológico, aqueles que estão mais preparados para nos apoiar em todas as questões técnicas
Em 22 anos já fizemos algumas escolhas erradas e
concluímos que é mais seguro apostar nos fabricantes que estão no mercado, nos
dão mais confiança, apostam mais em velocidade, qualidade e assistência
técnica.
A IMACX TEM UM PARQUE DE MÁQUINAS COMPOSTO SOBRETUDO POR
EQUIPAMENTOS DE GRANDE E PEQUENO FORMATO…
Nuno Almeida: Sim, especializamo-nos no digital de médio e grande formato. Se os clientes tiverem uma componente de pequeno formato, conseguimos dar uma boa resposta, mas não andamos à procura de trabalhos de pequeno formato.
A Imacx é uma empresa mais voltada para o ponto de venda e
verificámos mesmo na área dos eventos uma grande baixa porque estes foram
ficando, na sua maioria, suspensos. Isso também nos impactou, embora a área dos
eventos seja uma pequena percentagem da nossa carteira de clientes.
Agora, é claro que alguns eventos impactam muitas outras
áreas, como por exemplo, os grandes eventos desportivos que, sendo cancelados,
vão afetar campanhas de ponto de venda em grandes superfícies, que fariam a
nossa empresa trabalhar 24 horas por dia.
NA IMACX SENTIRAM ALGUMA RETOMA NESTAS ÚLTIMAS SEMANAS?
Rafael Giovanella: Estamos a sentir uma retoma ligeira, não tanto quanto gostaríamos, mas notamos um acréscimo de trabalho. Com o regresso às aulas e ao local de trabalho, acreditamos que a situação melhorará, embora ache que o marketing é uma área onde é difícil manter o teletrabalho porque isso atrasa muitas decisões. Esperamos que com a volta aos escritórios, as campanhas passem a ser mais céleres.
A IMACX INVESTIU RECENTEMENTE NUMA INCA ONSET X1, PERTENCENTE
AO UNIVERSO FUJIFILM, MESMO ANTES DA PANDEMIA…
Nuno Almeida: Investimos antes da pandemia e decidimos não voltar atrás no projeto e no negócio. Decidimos que queríamos mesmo investir neste equipamento porque já passámos por outras crises e, não seria benéfico adiar este investimento. Achamos que quando a crise acabar estaremos muito bem equipados e isso pode, sem dúvida, ser um fator de diferenciação, de alavancagem do nosso negócio.
QUAIS OS MOTIVOS QUE ESTÃO NA ORIGEM DA ESCOLHA DE UM EQUIPAMENTO
COMO ESTA INCA ONSET X1?
Gabriel Giovanella: Na empresa já tivemos uma S20, uma máquina muito fiável que durante dez anos necessitou de muito pouca assistência técnica.
Este foi um dos principais fatores que nos levou a apostar
nesta Inca Onset X1, porque tem uma qualidade superior, uma fiabilidade e
velocidade que responde aos nossos requisitos. Este equipamento é, no fundo, um
up-grade do que já tínhamos.
Nuno Almeida: Em termos de volume achamos que é um dos equipamentos no mercado que tem maior qualidade de impressão.
A Inca, agora da Fujifilm oferece essa garantia na vertente
de qualidade, fiabilidade, rapidez e manutenção.
Temos uma boa relação com a marca e isso foi também determinante
para a nossa escolha.
A Fujifilm queria fazer este negócio connosco porque somos
uma das empresas que mais metros quadrados imprime. Sabemos que este negócio
se refere a volumes e isso é importante para as marcas, para a venda de tintas.
Não seremos das empresas que mais fatura, mas isso tem a ver com distintos
segmentos de mercado.
O nosso segmento de mercado não é o que usa matéria prima
mais premium, esse será o da cosmética, mas dentro da matéria prima mais
utilizada, que é o cartão, queríamos assegurar o melhor funcionamento da
máquina. Não tínhamos nenhuma queixa em relação ao anterior equipamento e
basicamente fizemos uma substituição. Esta substituição foi feita não pelo
valor da retoma, mas por uma questão de espaço e, também porque se temos esta
qualidade superior, não queremos dar uma qualidade menor aos trabalhos dos
nossos clientes.
Em termos da matéria prima, o cartão, representa 80 por
cento do nosso trabalho e esta é uma máquina excelente, que não tem banding,
sendo uma tecnologia em que é a mesa que se desloca e, o cartão é sensível ao banding,
nota-se bastante. Queríamos uma impressão que não tivesse limitação em termos de
banding.
OS VOSSOS CLIENTES PREOCUPAM-SE HOJE MAIS COM A QUESTÃO DA SUSTENTABILIDADE?
Nuno Almeida: Essa é uma preocupação dos nossos clientes, mas também da Imacx. Recentemente obtivemos a certificação FSC. Já usávamos só cartão FSC, mas quisemos garantir isso aos clientes. Esta nossa decisão foi muito bem recebida, mas sabemos que embora não seja totalmente valorizada, está a ganhar importância.
Rafael Giovanella: As empresas começam a mudar. Muitas marcas que têm embalagens que usam plástico procuram compensar isso com o uso de materiais sustentáveis.
Esta situação é de total importância e nós temos, por
exemplo, um cliente que já nos informou que, a partir de 2021 só usará matérias
primas FSC.
Nuno Almeida: Na Imacx integrámos um carro elétrico na nossa frota e temos carregadores elétricos dentro da empresa que os clientes podem usar. Esta certificação FSC foi o nosso passo de entrada para outras certificações ambientais e, com esta certificação acabámos por conquistar muitos passos, por exemplo, rumo à ISSO 14001.
ESTA QUESTÃO DA SUSTENTABILIDADE FOI TIDA EM CONTA NA ESCOLHA DA INCA ONSET X1?
Nuno Almeida: Sim,
tivemos essa preocupação, até porque as tintas que usamos são tintas para cartão,
base de água. Limitámos a máquina a imprimir só cartão, mas, sabemos que assim
também estamos a restringir os resíduos finais. Estas tintas são mais
ecológicas embora a máquina venha com a possibilidade de imprimir em qualquer
material com tintas mais agressivas, mas, no nosso caso, quisemos que a pegada
ecológica fosse menor e, optámos por tintas só para cartão.
PRETENDEM ADQUIRIR UM SEGUNDO EQUIPAMENTO AINDA ESTE ANO?
Nuno Almeida: Estamos à
espera de ver como reage o mercado e também de que forma valorizamos o nosso
investimento nesta tecnologia, bem como a certificação FSC. Só estamos à
espera do mercado e da sua reação.
DURANTE ESTE TEMPO DE PANDEMIA ESTIVERAM A TRABALHAR?
Rafael Giovanella: Por
questões de segurança, porque estávamos muto receosos sem saber o grau de
gravidade deste vírus, estivemos encerrados durante um mês. Encerrámos sem
saber quando voltaríamos, mas percebemos rapidamente que o mercado continuava
a exigir a nossa resposta e não podíamos falhar. Tivemos de nos reinventar,
cumprindo todas as regras de segurança anti-Covid-19.
Temos uma marca própria de
brindes, a Gifty e esse departamento começou a receber muitos pedidos de EPIs e
tivemos de dar uma resposta pronta.
As empresas de brindes passaram
a estar muito focadas nos equipamentos de proteção individual e nós,
rapidamente respondemos com a ajuda dos nossos fornecedores.
COMO É QUE ANALISAM O MERCADO DE IMPRESSÃO DENTRO DA ÁREA DA COMUNICAÇÃO?
Nuno Almeida: Eu diria
que o mercado de impressão é um pouco desvalorizado, mas não existe nenhuma
empresa que não precise de impressão, nem que seja um cartão de visita.
Com o Covid 19 a impressão
fez-se notar e chamou a atenção, sobretudo na sinalética, com as marcas de
distanciamento social colocadas no chão, a informação sobre lavagem e desinfeção
das mãos, e outros avisos.
Creio que a impressão vai
existir sempre, mas terá muitas e diferentes formas, como é o caso da
impressão 3D que começa a ganhar mais relevo, sobretudo no design industrial.
Dentro da comunicação, a área
de impressão é ainda o método mais forte, eficaz e económico
Veja que, se retirássemos dos
supermercados tudo o que é impressão ficaríamos sem nada.
Apesar disto, estou otimista
porque a impressão anda sempre de mão dada com a economia e, quando a economia
crescer, a impressão crescerá também.
As tintas que usamos são tintas para cartão, base de água. Limitámos a máquina a imprimir só cartão mas, sabemos que assim também estamos a restringir os resíduos finais.
PARA 2021 AS PERSPETIVAS DA IMACX SÃO MAIS POSITIVAS DO QUE AS DESTE ANO?
Nuno Almeida: Na verdade
tudo é uma incógnita. Se a economia recuperar, acreditamos que 2021 poderá ser
um dos melhores anos da Imacx. Depende ainda da vacina, da evolução da pandemia,
mas acreditamos que sim, que as perspetivas poderão ser melhores do que as atuais.
A retoma há se ser mais forte do que o normal porque as pessoas querem voltar a
ter a sua vida de volta. Não gosto muito da expressão “O novo normal”, prefiro
antes, “O novo anormal” porque todos temos saudades de sair à rua e poder
estar com amigos e viajar!
Imacx:
Impressão e Produção Publicitária
Com uma equipa de 50 colaboradores, a Imacx trabalha a dois turnos, mas tem capacidade para trabalhar a três e, sempre que é preciso, o seu o staff está habituado a ser flexível.
Para que a equipa seja flexível, a administração refere que trata bem os seus colaboradores, com prémios anuais no final do ano, seguro de saúde e condições para que cada profissional da equipa dê o seu melhor. A Imacx fechou o ano de 2019 com uma faturação de 4 milhões mas prevê para este ano uma quebra elevada embora se mostre otimista na recuperação face aos meses que ainda faltam para completar 2020, acreditando que “será possível atingir melhores resultados do que aquilo que estamos a viver atualmente.”
Site: www.imacx.pt
e-mail: geral@imacx.pt
Telef: 21 410 05 50